segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pensamentos Flutuantes

Leve, acorrentado.
Preso, liberado.
Sigo conformado.
Livre na mente.
Prisioneiro do corpo.
Amarrado às necessidades.
Necessidades que nem sei se são reais.
Necessidades que nem sei se são minhas.
Básicas, complexas.
Necessidades desconexas.
Realidade indecente.
Sociedade incoerente.
Consumo para viver.
Vivo para consumir.
Para muitos, morrer é deixar de adquirir.
Bens, dívidas, compromissos de Vida.
Sentido não há.
Ao menos não o teórico.
O prático, é para frente, pois atrás sempre vem gente.
A fila não anda, mas a fila nunca para, não acaba.
E o entulho se entulha.
Coisas novas, coisas usadas.
Usadas as pessoas, novas as piadas.
Piadas sobre nós, hilários, todos sós.
Juntos, isolados.
Compromissos, os errados.
Errado, conformado, só.
Só no meio de muitos.
Iguais, reais, demais.
E mesmo assim, no meio de tudo, ainda há espaço para a felicidade.
Cega, ilusória, egoísta, exploratória ou simplória.
Mas ainda assim, felicidade.
E assim há de ser até o fim.
Ou até o começo.

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