terça-feira, 4 de novembro de 2014

O Presente

Olhos na multidão.
Meus olhos.
Seus olhos, não.
E olhando fico a procurar.
Para em seus olhos me encontrar.
E à beira do encontro, me vejo acelerar cada passo.
A adrenalina dos seus olhos e a endorfina do seu sorriso,
Afetam tudo o que faço.
E então, entorpecido me detenho.
A passos calmos e certos, decidido me mantenho.
E aproveitando cada segundo, flutuo em sua direção.
Até que, de repente, o anseio se desfaz,
E a neblina se esvai.
E ao meu redor tudo é luz,
Pois ao seu redor, tudo é paz.
E agora, nada é memória.
Nada é anseio ou devaneio.
Nada é passado.
Nada é futuro.
E tudo é.
Presente.