segunda-feira, 29 de abril de 2013

Telefone

Como numa montanha russa,
Oscilo entre a esperança e o desespero.
À espera de uma boa notícia,
me despedaço por inteiro.
Mas o telefone jaz na mesa, inerte.
Aflito, fico atento a qualquer sinal que o desperte.
Alheio à minha situação ele permanece imóvel,
Silencioso, em descompasso com meu coração.
Assim me ocupo, tento me enganar com alguma canção,
Mas nada me distrai da minha falta de atenção.
Assim sigo esperando, cada minuto, cada segundo,
que um simples objeto me dê vida e me dê o mundo.
Sem rumo e sem direção, permaneço imóvel, sem opção,
Nessa montanha russa na qual entrei,
E que agora brinca com minha emoção.

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