domingo, 22 de abril de 2012

O primeiro pensamento

O homem se desmistifica quando se explica
Acha que simplifica, mas se complica
O homem está distante do Homem.
Procura fora de si o Universo,
quando deveria fazer o inverso
Não estamos no Universo mais do que o Universo está em nós
Olhamos para frente, buscando a hora em que teremos o agora.
Para isso, tudo se explora e o futuro se namora.
Enquanto isso, hoje, aqui, a criança chora.
Essa busca é eterna, mas não é externa e sim interna.
A expansão da atividade e da cidade evocam em nós a animosidade
Onde fica a bondade, a simplicidade, a racionalidade?
Vão-se embora em consequência do milagre da consciência?
O que somos nós Humanos senão animais mundanos?
O que somos nós Humanos se só nos mecanizamos, matamos, nos evitamos?
Somos teimosos, orgulhosos por sermos os Poderosos, sendo sobretudo danosos.
Achamos que isso é o certo, que nós somos espertos.
Tudo é objeto, quem se importa com o dejeto, sempre longe, nunca perto.
Tudo é manipulável, é negociável. A natureza é controlável.
Mas isso não é verdade, a Terra precisa da nossa humanidade.
De sustentabilidade, de solidariedade e de sociabilidade.
Não atrás de um televisor, de uma chat em um monitor, de um jogo coletivo no computador.
Mas sim de um abraço acolhedor, um beijo aquecedor, um aperto de mão assegurador, um olhar animador.
A mudança no processo não remete a um retrocesso, mas sim a um progresso, rumo à unidade com o Universo.
A tecnologia é fria, não pode ser nossa guia, mas sim uma ferramenta, que nos auxilia a aproveitar um belo dia.
Não precisamos voltar à idade das cavernas, mas também não podemos rumar ao tempo das trevas.
Que não sejam desconsiderados estes versos simplificados, pois seus significados apenas buscam resultados há tempos famigerados.
Quem sabe assim então, prosperaremos em união, iluminados pela razão.

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