Espelhos expostos.
Refletir sem pensar, mostrar o não olhar.
O que se vê não se enxerga.
O que se vê se registra,
Mas não se reconhece.
Meus olhos não mais buscam meu reflexo,
Para evitar o desconforto de não se identificarem com o que se vê.
Pois o que se vê não é o que é, não é o que sou.
Não sou quem sou.
E saber o que represento, me envergonha.
Em cada olhar não cruzado, cada olhar desviado,
Se escancara a verdade incontestável.
Sou o que sou, mas não quem represento,
Ao menos ao primeiro olhar.
Esse é meu lamento.
Tantos erros, tanta história.
Tanta repetição, tanta memória.
E Vida que segue.
E erro que se negue.
Pois se não sei, não me persegue.
Mas eu sei.
O bem e o mal.
Tudo se confunde.
Linhas estreitas, linhas tortas, linhas mortas.
Sem limites.
Tudo que se afunde.
E não quero saber.
Pois ignorante, sigo feliz.
Feliz?
Talvez menos triste.
Menos miserável.
Mas feliz?
Feliz para fora.
O contrário de "in" feliz.
Hahaha.
Rio.
Rios de lágrimas.
Banhos em águas pesadas.
E nunca estou limpo.
E nunca estarei.
Pois sou quem sou,
Mas também sou quem represento.
Águas carregadas.
Cheio de Mim, cheias de tudo.
E sigo criado e mudo.
Acessório.
Ferramenta.
Móvel.
Criado.
Banhos em águas pesadas.
E nunca estou limpo.
E nunca estarei.
Pois sou quem sou,
Mas também sou quem represento.
Águas carregadas.
Cheio de Mim, cheias de tudo.
E sigo criado e mudo.
Acessório.
Ferramenta.
Móvel.
Criado.
Mudo.
Imóvel.
Imóvel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário