De lembrar e de esquecer.
De deixar e de perder.
De amar e de sofrer.
Fino equilíbrio,
Necessário como o canto do canário,
Gritante como o canto do berrante,
Que de tão importante,
governa cada instante.
Ah, essa Vida!
De alto e baixos.
De bons e ruins.
De conflitos e afins.
Sem medo da coragem,
Que retarda nosso fim.
Triste é o dia se o canário silencia.
Nó na garganta se o berrante já não canta.
Ah, essa Vida!
Fica tão ruim,
Se você a fizer assim.
Se a resposta aos conflito for um ódio sem fim.
Essa Vida que se torna uma bobagem,
Se vivida sem coragem,
Pra mudar o errado, o escuso e o mal contado.
Ah, Vida essa!
Que demanda cuidados,
Carinhos e agrados,
Aos seus filhos mal criados.
Ah, essa Vida!
Que estranha, não se acanha.
Que é Imperfeita e desastrosa,
Em sua longa estrada sinuosa.
Mas mesmo que estranha me pareça,
Mesmo que por vezes seja de si tão avessa,
Há no todo um sentido.
E mesmo que dele eu me esqueça,
Que não esteja na minha cabeça,
Está nas estrelas escondido.
Mas sentido já cansei de procurar.
Vou viver, vou viajar.
Vou aprender e vou ensinar.
Tudo o que essa Vida há de me mostrar.
Ah, essa Vida!
Dela, nada quero e nada espero.
Só pretendo ser sincero.
Com os outros e comigo mesmo.
Assim perco menos tempo,
vivendo essa Vida à esmo.
Permito-me então o encanto,
De cada dia, de cada canto.
Pelo menos é o que pretendo,
Imperfeito e com remendos.
E é isso o que prego,
Ao sensível e ao cego.
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