sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Selfless Thoughts of a Selfish Existence

 So much time, and no time at all.

Always behind, outside the door.

So much feelings of loathe and hate.

Too much time wasted on fate.


Wasting our lives waiting for the day,

When it will matter something we say.

Waiting a moment to be struck with light.

Is there really anything worth the fight?


Is there salvation in any path at all?

Is there meaning to any rise and fall?

What is the moral in any story?

What life spent is worth the glory?


Year after year we buy more time,

But whose really is it to rise and shine?

If most lives are always the same,

What is to gain in the end of the game?


If happiness depends on misery,

Will you enjoy it in complicity?

How can one turn the eyes away,

And pretend there is nothing to say?


Can we really feel that much indiference,

And keep living as if it made any sense?

Is it our nature to live in disregard,

To live a life that tear balance apart?


Is what we do really our own?

Does it not affect all that is known?

What do we know if not what it is told?

What is the real worth of gold?


Who are the ones keeping the history?

Who can decide what is or not gory?

How much on it's own existence one need to be,

To see only what they want to see?


How can one be other than an animal?

Are we any more than any cannibal?

If we keep eating others figuratively,

Are we any better unequivocally?


So what are you willing to do,

To make any meaning come true?

Will it make anything allright?

Will it justify the absence of light?


Maybe we will never make sense,

Maybe now is all we'll have spent.

Maybe we can go on never thinking,

Maybe enjoy without even blinking.


Meaning or not we are right now,

So what things are worth our head to bow?

Whose will are we living up to serve?

Who has to kill when we don't have the nerve?


Who can decide what is best for you,

If you don't even see what you do?

How powerfull can someone be,

If right now is everything we see?


Who is to say what is right from the start,

If hearts and minds are so spread apart?

How can we think ignoring our feelings?

How can we believe we are more then just beings?


Some say that what we do is natural,

In some deggree I think that is factual.

Some say we are just a cancer,

Nothing but nature's background dancer.


For me that is just an excuse,

Hides the responsibility to be of use.

For even though there's little that matters,

There is no reason not to try and do better.


In the end, the question lies in relativity.

How much can one live in anonimity,

While doing what he thinks he must,

Without feeling someone else's disgust.


Even nowadays with almost no privacy,

There is rarelly room for real intimacy.

We live our lives for the others to see,

Without asking what we want to be.


Through other lives we've always felt heat,

Always fantasizing what goes on beneath.

But no matter what time we were born,

We can only look at us with scorn.


A mirror might give us some hard perceptions,

It ain't easy acknowledging our own reflection.

So we construct an image of ourselves,

That would make envy even for the elves.


And we have made it so convincible,

That the thought itself became invincible.

And any change freezes us to death,

And become an enemy to our very breath.


So what do we need to live with dignity?

How complicated can be simplicity?

What do I need from life's shelf,

To finally be an ally to myself?


I have wished to have the answer,

To make my existence less denser.

I thought tales of imense granditude,

To validate every feeling, every atitude.


But the question always persists,

Because fate do not exist.

We are but masters of our own destiny,

In past, in present, in eternity.


We are what we fight for our own,

We are not what masters said we shown.

We are every second of our lives,

The small existence that affect the tides.


We are choices from big to small,

But never bigger then the inevitable fall.

We are not more then we will ever be,

We are but animals without dignity.


We are a pixel on a pale blue dot,

That our existence needs not.

If we aren't for ourselves and all there is,

Ain't no point in debating what is.

terça-feira, 27 de junho de 2023

O Teatro da Vida

Que o acaso seja gentil, inocente e pueril.
Que a vida seja delicada, mesmo inexata e complicada.

Já que o mundo não é nosso,
Faço o bem, sou quem posso.
Pois sendo bem, eu fico bem.
E sigo assim, pois me convém.

Mas lembre-se sempre de lembrar,
Disso, é bom não se esquecer,
Você pode se curar,
Toda vez que adoecer.

Não é fácil, isso eu bem sei,
Mas com ajuda me encontrei.
Algumas coisas, posso fazer sozinho.
Mas é bom poder contar com um vizinho.

Acho que sós, não nos bastamos,
Ja que sós nunca estamos.
Fomos muitas pessoas, hoje somos muitas versões.
Podemos ser a calma, com conflitos e confusões.

Quando se busca tranquilidade e clareza,
Socializar é uma certeza.
Pois é necessário sair dos próprios padrões,
Para refletir e sentir as emoções.

Procuremos então ser apenas,
Alguém presente em todas as cenas.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O Que Não Deve Ser Nomeado

Elevadores, vidros de carros, janelas de trem, vitrines de lojas.
Espelhos expostos.
Refletir sem pensar, mostrar o não olhar.
O que se vê não se enxerga.
O que se vê se registra,
Mas não se reconhece.

Meus olhos não mais buscam meu reflexo,
Para evitar o desconforto de não se identificarem com o que se vê.
Pois o que se vê não é o que é, não é o que sou.
Não sou quem sou.
E saber o que represento, me envergonha.

Em cada olhar não cruzado, cada olhar desviado,
Se escancara a verdade incontestável.
Sou o que sou, mas não quem represento,
Ao menos ao primeiro olhar.
Esse é meu lamento.

Tantos erros, tanta história.
Tanta repetição, tanta memória.
E Vida que segue.
E erro que se negue.
Pois se não sei, não me persegue.
Mas eu sei.

O bem e o mal.
Tudo se confunde.
Linhas estreitas, linhas tortas, linhas mortas.
Sem limites.
Tudo que se afunde.
E não quero saber.
Pois ignorante, sigo feliz.

Feliz?
Talvez menos triste.
Menos miserável.
Mas feliz?
Feliz para fora.
O contrário de "in" feliz.
Hahaha.

Rio.
Rios de lágrimas.
Banhos em águas pesadas.
E nunca estou limpo.
E nunca estarei.
Pois sou quem sou,
Mas também sou quem represento.

Águas carregadas.
Cheio de Mim, cheias de tudo.
E sigo criado e mudo.
Acessório.
Ferramenta.
Móvel.
Criado.
Mudo.
Imóvel.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

lindo, trágico E Real

Eu, como um humilde biólogo, não especialista em nenhuma área, mas conhecendo o Ser Humano como somos, como estamos e como nos comportamos,  com o que nos importamos enquanto civilização, sem considerar fronteiras, países, pessoas, sem considerar aonde vivemos, declaro minha consciência plena no final dos tempos como conhecemos.

É difícil admitir, é difícil entender, é difícil aceitar. Mas nossa soberba carnal nos fez acreditar que, através da consciência que nos foi dada através de muitos anos de evolução, éramos superiores e externos ao meio natural. Passamos a acreditar que poderíamos controlar, moldar e prever tudo. E assim, por sermos "Senhores do mundo", conseguiríamos sobrepor qualquer dificuldade com artimanhas e fé.

Acreditamos que poderíamos controlar a natureza, moldar seu caminho e sua magnitude da forma que bem quiséssemos, para os fins que achávamos serem os corretos, para todos ou para poucos, enquanto seres existentes. Acreditamos que poderíamos colocar a natureza e toda sua força aos nossos pés. E assim como Ícaro, chegamos perto demais do Sol.

Esquecemos que somos apenas peões, seres existentes em um Mundo, em um Universo, dos quais não temos controle pois não somos superiores, não somos magnânimos, não somos escolhidos, não somos alheios. Somos mero fruto de um processo evolucionário que nos conferiu a possibilidade de viver nesse mundo de uma maneira maravilhosa e diferente dos seres "sem consciência". De "Viver" em um mundo de uma forma plena e verdadeira. E por não valorizarmos o meio no qual vivemos, por não reconhecer a importância de todos os seres que vivem conosco, mesmo apesar de todo o conhecimento adquirido por milhares de gerações, daqui para frente seremos lavados da Terra como pulgas, até que o sistema volte a encontrar algum equilíbrio, alguma maneira de desfazer todo o mal que fizemos e que fazemos enquanto sociedade.

Triste termos escolhido voltar nossa consciência ao nosso ego, nossas necessidades mais mesquinhas, criadas pela ganância, pelo poder, por ser "merecedor" e por isso melhor do que nosso vizinho. E passamos a desdenhar o meio que nos possibilita Viver, que sempre nos deu a chance de nos conectar com a energia que sempre nos moveu enquanto seres existentes. Pouco importa a explicação dada para essa energia. Mas desde sempre essa explicação, por motivos óbvios, era interpretada de maneira diferente e, ao invés de nos conectar e fornecer explicações maiores e mais fortes, nos separou, e se tornou motivo de disputas infrutíferas e desastrosas. Nos alimentamos de crenças e sistemas que beneficiam não o mundo em que vivemos, mas apenas alguns seres que vivem no Mundo, nos segregando não só entre nós mesmos, mas a todo o "resto" do Universo.

Essa arrogância, entendida por poucos, ensinada por poucos, mas propagada por eras, nos colocou na situação que nos encontramos hoje. E o mais triste é que uma parte muito pequena do Mundo realmente entende onde estamos, e quais as reais consequências disso. Milhares de espécies extintas, ou em extinção, ou ameaçadas, simplesmente porque decidimos não nos importar ou não entender. Todo um equilíbrio construído por milhares de centenas de anos, totalmente ignorado por motivos de crenças e ideologias insensíveis à real importância do Mundo: a Vida de tudo, de todos os seres e da sintonia em que eles vivem.

Em primeira instância, não se pode condenar isso, pois eram questões "infundadas" e espirituais de um povo consciente, porém ignorante. Mas hoje, com todo o avanço e conhecimento científico, continuamos a degradar, extrair e destruir sem nenhuma consciência, sem nenhuma preocupação, pois a arrogância de "sermos os seres escolhidos" nos confere uma invencibilidade irreal. Somos parte do Mundo, nada mais e nada menos. Nossas ações afetam tudo à nossa volta. Somos responsáveis pelo que causamos, e estamos sujeitos às consequências dessas decisões.

Me incomoda ser um "profeta do  apocalipse", mas tendo em vista nossas faltas de ações para remediar o mal que cometemos em todo o Mundo, nossa falta de entendimento do sistema como um todo, não me resta senão reconhecer nossa derrota enquanto seres "inteligentes". Antes fôssemos todos índios "ignorantes" e respeitosos ao nosso meio. Antes nos importássemos minimamente com nossos iguais, assim como nos importamos com nós mesmos. Antes agíssemos como seres pertencentes à esse Mundo, e não donos dele.

Mas agora é tarde. Ao menos na minha visão. O mal está feito. Por mais avançada e inteligente que seja a sociedade de qualquer país no Mundo, já degradamos os meios naturais de forma que, dada nossa população, dada nossas necessidades, dado o nosso meio de Vida, já não conseguiremos subsistir enquanto espécie. O Mundo já não nos cabe. Não me julgo ninguém, para profetizar o futuro. Falo apenas das coisas como vejo. E apesar de o Mundo ter mudado drasticamente nos últimos tempos, nós não mudamos. Nós continuamos achando que somos "senhores do nosso destino", e que dependemos apenas de nós mesmos para existir.

Uma pena termos desperdiçado a maravilha da consciência com coisas tão mesquinhas como o Ego. Quem sabe o que o futuro realmente nos reserva. Mas se você acha que o que importa é aonde você mora, e qual telefone tem, sinto te dizer que em breve terá um choque de realidade. Não há mais tempo para fantasias, não há mais tempo para brincadeira. O Mundo vai cobrar nossa existência, e o vestibular não vai discernir entre casta, entre raça, entre sexo. Quem sabe se iremos conseguir existir como espécie depois de tudo que causamos.

segunda-feira, 18 de março de 2019

O ser

Ando com dificuldade para sair.
Ando preocupado em me servir.
Preciso ser eu, mas eu, não consigo.
Pois se eu fosse eu, o seria comigo.

Já não busco então, pelo sentido.
Já não me apego mais à vontade de ser ouvido.
E sigo vivo, sigo eu, partido.
Sinto, ouço e partilho, comigo.

Não sei mais o que querer.
Não sou mais quem deveria ser.
Não sei mais como fazer.
Não sou mais do que o arder.

O confronto eu evito.
No conflito me faço aflito.
Então não escrevo meu escrito.
Então não vivo o meu dito.

Sou muito, e muito pouco.
Sou tanto, sou só espanto.
Sou nada mais, e nada menos.
Sou apenas, incerto, deserto.

E sigo só pois é o que me convêm.
E sigo apenas, na inércia do desdém.
E desdenho do tempo, eterno e escasso.
E me vejo, evidenciando o embaraço.

Mas no momento é o que faço.
Ser no agora o que eu tenho.
Ser tão pouco, e talvez menos.
Mas agora é o que sou.
Sou, aos gigantes, apenas mais um dos pequenos.